
Memória
Patrícia Lourival Acioli nasceu em Niterói, cidade pela qual sempre nutriu grande afeto. Desde cedo, mostrou-se dedicada aos estudos e responsável com suas obrigações, apesar de também ser aventureira e sonhadora. A despeito das dificuldades enfrentadas desde cedo, nunca desistiu de seu sonho de mudar o mundo. Ingressou na Faculdade de Direito da UERJ na década de 80 e, como não poderia deixar de ser, participou do movimento estudantil.
Após a graduação, sua trajetória profissional se iniciou na Defensoria Pública, instituição da qual muito se orgulhava, e já enfrentava os desafios de ser uma defensora dos direitos de quem mais precisa e é vulnerabilizado.
Todavia, Patricia sentia a necessidade de fazer e de ser um instrumento de mudança na sociedade, mas agora por dentro do Poder Judiciário.
Decidiu então prestar concurso para a magistratura, sendo bem-sucedida e aprovada com mérito. Exerceu a função em diversos locais, incluindo Volta Redonda, onde conheceu o pai de seus três filhos e, juntos, realizaram o sonho da família. De volta à sua cidade natal, trabalhou nas comarcas de Itaboraí e São Gonçalo, sua ultima atuação tendo sido no Tribunal do Júri de São Gonçalo. Sua dedicação e compromisso com a justiça tornaram-se conhecidos em todo o estado, recebendo reconhecimento e afeto, tanto de vítimas quanto de réus, por sua generosidade e humildade. Como mãe, irradiava alegria e autoridade, cuidando e educando seus filhos com dedicação. Infelizmente, sua atuação contra grupos de extermínio e milícias gerou insatisfação entre criminosos, culminando em sua trágica morte. Patrícia Acioli é lembrada pela humanidade, empatia, humildade e ética que aplicava em todas as áreas de sua vida, especialmente na defesa das minorias e dos marginalizados. Seus filhos seguem seus ensinamentos com amor e orgulho pela mãe que tiveram.
Maria Eduarda Acioli Chagas, Ana Clara Acioli Chagas e Mike Chagas

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado;
compreender que ser compreedido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se nasce para a vida eterna...
Patrícia Lourival Acioli
14/02/1964
12/08/2011

Leonardo, filho de Simone, uma das irmãs de Patrícia